quinta-feira, fevereiro 05, 2009

Motivo


Eu escrevo porque sei que alguém gosta de ler o que escrevo


Eu escrevo porque não sei dizer não (para as mulheres)

Eu escrevo para poder exorcizar os meus demônios

Eu escrevo porque é a única coisa que sei fazer

Eu escrevo porque não sei falar eu te amo

Eu escrevo porque não sei como parar

Eu escrevo porque gosto de ser lido

Eu escrevo porque não sei pedir

Eu escrevo porque dá prazer

Eu escrevo quando durmo

Escrevo quando acordo

Escrevo até quando

Estou escrevendo

E eu escrevo e

Eu escrevo e

Eu escrevo

E escrevo

Escravo


segunda-feira, dezembro 01, 2008

Eu voltei...

terça-feira, agosto 02, 2005

ESSE BLOG ACABOU!


Esse blog acabou, estou voltando a escrever no AmarGo!, sei que deve ser um saco para quem lê o que escrevo ficar pulando de blog em blog atrás de mim, se é que alguém lê o que escrevo, mas vou admitir que alguém leia, portanto leitor se quiser ler algum desses rabiscos que escrevo clique aqui e vá para o AmarGo!


sexta-feira, julho 22, 2005

Lascívia Noturna
by Íris M. Lima


Eu gosto quando ele chega
Me acolhe em seus braços
Me ama baixinho

Eu gosto quando ele me pega e me traz
Arranca minha roupa
Me agarra por trás

Eu gosto quando ele morde minha orelha
Roça seu sexo ao meu
Sussurra obscenidades em meu ouvido

Eu gosto quando ele me lambe
Me toca e me chupa e sufoca
E provoca e invoca a louca que há em mim

Eu gosto quando ele me xinga
Me chama na cama:
- Vem minha puta!

Eu gosto quando ele goza
E fala que me ama
(Eu gosto de acreditar)

Eu gosto quando amanhece
Eu estou só
Mas a mancha de sêmen no lençol


Me diz que não foi um sonho...




Esse eu fiz lá para o armAZém3, o tema era "Mulher", pensei em enviar o Oito de Março, que é um dos meus melhores poemas, mas ela não era inédito, e me comprometi a publicar sempre textos inéditos lá, então escrevi esse como Íris, tentei pensar como uma mulher, uma mulher solitária como a Íris, gorda, fora do padrão pré-estabelecido como bonito, que tem um namorado-ficante, que gosta dela, gosta do jeito dela, mas não tem coragem de assumir o relacionamento, teme ser visto com uma gorda, com uma mulher feia. Ele é um cretino, um imbecil, mas ela gosta dele (na verdade ela ama qualquer um que lhe dê um pouco de carinho), por isso as noites em que ele aparece são tão especiais.


sexta-feira, julho 15, 2005

Enquanto isso, no telefone...

- Blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá...
- Querida...
- Blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá...
- Querida, vou ter que desligar, depois a gente se fala.
- Tá, beijos.
- Beijo.
- Me liga.
- Ligo.
- Te amo.
- Também te amo, tchau.
- Tchau.

quinta-feira, julho 14, 2005

Da série microcontos...



Para não gozar antes dela, ele pensava na raiz quadrada de 57.

segunda-feira, julho 11, 2005

O Homem de Chocolate
by Íris M. Lima


Estava sozinha no meu quarto,
com minha caixinha de bombons,
e meus sonhos de menina.
Então ele apareceu:
Saltou de dentro da caixa
com seu robusto torso de chocolate,
arremessou-se contra meus lábios,
penetrou em meu corpo,
e derreteu dentro de mim...

...depois sumiu

(Mas ainda sinto seu gosto em minha boca).


quinta-feira, julho 07, 2005





Era uma vez um jovem rapaz que sofria de umbigocentria, acreditava que seu umbigo era o centro do universo, um dia de tanto contemplar a beleza do seu mundo, foi tragado pelo buraco negro de si mesmo... não se tem notícias dele desde então.



terça-feira, julho 05, 2005


Fim de chuva...
Chão molhado refletindo luz do sol
As gotas d'água escorrendo pelas folhas
Uma manhã cálida despontando no horizonte
Esse balé da natureza de tão lindo causa espanto

Os olhos úmidos já refletem toda a sua tristeza
Uma lágrima precipita mesmo contra sua vontade
Escorrendo docemente pela bela e pálida fronte
Então a dama solitária vai ao pranto
Fim de caso...

sexta-feira, julho 01, 2005

Relatório de viagem.


Para a filha que se despede:
Tchaaaau!

Para o velhinho do meu lado:
Por favor, apague a luz.

Para o motorista que me guia:
Toma cuidado com minha vida.

Para a neblina de Ubaitaba
Essa paisagem é real, ou estou sonhando?

Para a morena que cochilava noutra poltrona:
Nunca vi alguém acordar tão bela.

Para a moça que pesca com o filho:
Posso pescar com vocês?

Para os jovens que pulam sobre o mar:
Nada (eles não vão me ouvir).

Para a igreja azul e branca:
Amém!

Para chuva fina que cai no início da noite:
Chora cidade, é saudade do dia né?

Para a senhora simpática que sorri pra mim:
Foi um prazer, obrigado pela hospedagem.

Para a cidade que estou deixando:
Uma ultima olhada.

Para a garota que deseja meu chocolate:
Quer um pedaço?

Para a filha que me recebe:
Um beijo!

Para o texto que escrevi:
Lembranças da viagem.


quarta-feira, junho 29, 2005


beijo a boca

que me bebe

bebo a boca

que me baba

babo a boca

que me beija


terça-feira, junho 28, 2005

AmarGo!


Tudo bem
Eu reconheço
Sei que sou frio
Sei que sou amargo
Não queria ser assim
Pois ser doce é muito bom
Mas o mundo está mudando
E os doces vão morrer primeiro
Não enxergam o mundo como ele é
Para eles tudo é poesia, tudo é melodia
São gostosos de provar, saborosos pra comer
Serão os primeiros a tombar, os primeiros a sofrer
Por isso eu prefiro ser amargo, padecerei menos
Além disso, eu vejo o mundo sem maquiagem
Sei que existem muitas coisas erradas por aí
E também sei que elas não vão mudar
Mas não posso ser indiferente a tudo
Por isso, faço minha parte: critico
Enfio meu dedo nas feridas
Mostro os erros que vejo
Talvez não resolva
E nada mude
Talvez


segunda-feira, junho 27, 2005

Acaso

Eles não acreditavam em amor à primeira vista
Mas foi justamente à primeira vista que se apaixonaram

Tudo começou com uma troca de olhares
Logo, já estavam conversando
Parecia que tinham nascido um para o outro
Trocaram números de telefone
Marcaram de se verem no dia seguinte

Porém, o destino não permitiu que isso acontecesse
Os papéis com os números se perderam
Ela ficou doente e não pôde comparecer ao encontro
Ele ficou esperando a linda moça que nunca apareceu
E a moça olhando pro telefone que nunca tocou

Parecia que tinham nascido um para o outro
E nasceram, mas não foi dessa vez
Quem sabe em uma próxima vida?

quarta-feira, junho 22, 2005

A novela da minha vida
Capitulo 15

Quadrilha Junina. (para a garota que não sei o nome)



Você já teve uma grande paixão quando era criança, dessas que fazem agente ficar olhando para o nada, com cara de bobo? Eu já, foi na minha longínqua infância, não sei o seu nome, de onde ela veio, nem pra onde ela foi, apenas lembro dela e da semana em que passamos juntos, da semana que ela foi minha e eu fui dela (ou quase isso).


Viva a São João! (e a pró Lucidalva também!)

Estávamos no mês de Junho, mês das laranjas, dos milhos, dos amendoins e das festas juninas, minha professora Lucidalva (outro grande amor da minha vida), resolveu fazer uma quadrilha de São João com os alunos dela, então foram organizados os pares, eu fiquei de fora, pois não quis participar (a dona timidez não deixou), porém eu toparia se meu colega Angelito não tivesse escolhido minha grande paixão para dançar, acho que foi amor (de criança) à primeira vista, eu não conhecia aquela garota, acho que era de outra sala e só foi incluída na quadrilha, para completar os pares, mas isso nem importava, pois eu estava apaixonado.


Angelito não sabe dançar! (Lá lá lá lá lá, bem pouco!)

Os ensaios para a apresentação da quadrilha eram feitos dentro da sala, eu assistia todos e morria de inveja do Angelito, na verdade não sentia muita inveja, pois ele dançava muito mal e sempre errava os passos, de tanto errar a professora resolveu tirar ele da quadrilha. (na verdade ele é que pediu para sair, mas prefiro dizer que foi expulso, pois faz eu me sentir vingado). Advinha quem ela chamou para dançar com a minha paixão? Eu? Eu? Eu? Eu? Eu? Eu? Eu? Eu? Eu! Yeeeeessssssssssssssss!


E com vocês: O parceiro Alex! (Xiii, ela é mais alta do que eu!)

Ela estava linda naquele dia, a pele macia, os cabelos loiros, suas mãos estavam quente e eu estava no céu, como assistia todos os ensaios, já havia decorado os passos da quadrilha, por isso comecei a ensaiar no mesmo dia em que o Angelito saiu (expulso), foi lindo, poder dançar com minha paixão, sentir os dedos dela escorregarem pelos meus, olhar nos olhos dela, bem isso eu não fiz, pois ela era mais alta do que eu, mas pude dançar olhando a sua boca que também era linda, ah, que boca linda tinha ela...


Chegou o dia da apresentação (Mamãe pra que esse lápis?)

Camisa de quadrinhos, chapéu de palha, calça jeans com retalhos de tecido colorido costurados nas pernas e, é claro: barba, costeletas e bigode desenhados no meu rosto com lápis delineador. Era assim que eu estava vestido (eca!). Eu proibi minha mãe de me ver dançar a quadrilha, ficaria com vergonha se ela estivesse lá me olhando durante a apresentação (mas ela foi escondida e viu tudo), por isso, fui sozinho para a escola nesse dia, lembro da sensação de estar sendo observado por todo mundo, por causa da barba pintada em meu rosto, mas quando cheguei na escola passou (meus colegas estavam ridiculamente pintados como eu).


Olha a quadrilha! (E agora? Meu chapéu caiu!)

A apresentação foi um sucesso, não erramos nenhum passo, fizemos tudo certinho, ou quase, meu chapéu caiu quando eu estava dançando, eu não sabia se soltava a mão de minha paixão e pegava o chapéu, ou se terminava a apresentação sem ele, achei melhor pegar, dei sorte que não atrapalhou em nada e terminamos a apresentação aplaudidos de pé (mesmo porque, não havia cadeiras para sentar). E foi assim que minha paixão foi minha pela primeira e única vez, não lembro dela no dia seguinte, não lembro nem do dia seguinte, mas desse nunca vou esquecer.


sexta-feira, junho 17, 2005


Prelúdio

Amor, estou com sono,
vou dormir.
Não se esqueça de desligar a tv
e apagar a luz da sala.

Se quando for deitar,
eu já estiver dormindo
e você quiser namorar um pouquinho,
Dê-me alguns beijinhos que acordo, tá bem?

Boa noite meu amor.

terça-feira, junho 14, 2005

A gota d'água


Era uma chuvosa madrugada de Domingo, Maria estava dormindo e acordou assustada, seu marido gritava e batia desesperadamente na porta, ele estava bêbado, ela sabia, por isso, hesitou em abrir, tinha medo. Medo de ser espancada novamente.

Ao perceber que Maria não abriria, o marido começou a chutar a porta, até que a fechadura cedeu e ele entrou furioso, olhou para Maria e voou para cima dela, gritando e ameaçando mata-la, ela tentou fugir, mas ele a alcançou, segurou pelos cabelos, e arremessou seu rosto contra a parede, ela caiu e o marido a pisoteou.

Maria desmaiou logo em seguida, quando acordou, horas depois, mal conseguia ficar de pé, sua roupa estava rasgada, seu corpo sangrava, doía. Andando com dificuldade, quase se arrastando pela cozinha, ela olhou para a sala e, viu seu marido dormindo no sofá, dormindo indefeso no sofá. Então, Maria pegou uma panela, encheu de água e colocou para ferver.







Texto escrito especialmente para o armAZém3

Victor Az

quinta-feira, junho 09, 2005

Dá série: Micro contos



Abaixou o short, mostrou o pinto pra mãe e disse: a fumiga modeu aqui ó.




sexta-feira, junho 03, 2005


Luciano, Ana e Clara

Luciano amava Ana mais que a própria vida
Um amor tão grande, tão grande,
Que parecia não caber no peito.
Ela era tudo para ele, tudo!
Seu olhar castanho
Parecia derreter-lhe o coração,
E fazia Luciano ficar cada dia mais louco por ela.
Porém, justamente quando ele achou
Que passaria o resto da sua vida com Ana,
Luciano conheceu a Clara
A linda Clara de pele escura,
E o sorriso perfeito dela
Penetrou em seu peito com a mesma força do olhar da Ana.
Quando Luciano se deu conta,
Elas já estavam dividindo o mesmo espaço em seu coração,
Ele não sabia o que fazer,
Pois não podia ficar com as duas,
Não seria certo.
Luciano as amavam demais para traí-las,
Então teria de escolher,
Mas como?
Como decidir entre o olhar castanho da Ana
E o sorriso perfeito da Clara?
Como viver sem a Ana?
Como viver sem a Clara?
Elas eram parte dele,
E ele era parte delas.
No entanto, como não poderia ficar com ambas,
E seria impossível viver só com uma,
Luciano partiu o coração da Ana,
Quebrou o coração da Clara,
E destruiu seu próprio coração.
Ele foi embora,
Não escolheu nenhuma delas,
Sacrificou sua felicidade,
Na esperança de um dia
Elas acharem alguém que as amassem como ele,
Porém, elas nunca encontraram,
E os três foram infelizes para sempre.








Esse foi o primeiro texto que escrevi pro armAZém3 (que está com uma edição nova no ar), queria fazer uma hitória de amor que não tivesse um final comum, feliz, do tipo: E eles viveram felizes para sempre, por isso fiz o inverso.

quarta-feira, junho 01, 2005

Dá série: As poesias que fiz para elas...


O Nome




Que nome eu dou a minha filha?

Se ela foi feita porque eu quis
Chamo de Beatriz?
E como a mãe também queria
Chamarei de Maria?

Que nome eu dou a minha filha?

Se for negra
Pode ser Clara?
E se for morena
Será Milena?


Que nome eu dou a minha filha?



Gabriela?


Fabiana?


Daniela?


Ou Juliana?

Que nome eu dou a minha filha?



Clarice?


Cecília?


Janice?


Emília?

Que nome eu dou a minha filha?



Telma?


Selma?


Regiane?


Cristiane?

Que nome eu dou a minha filha?



Carla?


Ana Karíssia?


Marla?


Ou Ana Patrícia?

Que nome eu dou a minha filha?



Suzete?


Claudete?


Arlete?


Salete?

Que nome eu dou a minha filha?



Pollyanna?


Tatiana?


Luciana?


Mariana?

Que nome eu dou a minha filha?



Berenice?


Emicleide?


Cleonice?


Lucicleide?

Que nome eu dou a minha filha?



Margarida?


Rosa?


Violeta?


Marieta?

Que nome eu dou a minha filha?



Cíntia, Cristina?


Ângela, Regina


Renata, Sabrina?

Que nome eu dou a minha filha?




Clementina, Geralda, Esmeralda, Florentina, Rubi, Diamantina?


Que nome eu dou a minha filha?



Se o nome ainda não sei
De uma coisa tenho certeza
Ela será linda como Afrodite
Forte igual a Diana
E graciosa feito uma princesa







Eu fiz esse poema para Patrícia, uma das primeiras amigas que fiz na internet. Ela havia me dito que estava grávida, aí ficamos discutindo como seria o nome da criança, escrevi o texto a partir da nossa conversa. Como eu achava que seria uma menina (e acertei), usei como base o nome das leitoras do meu blog Diário de um Bobo.

segunda-feira, maio 30, 2005

A Princesa e o Cavaleiro


A jovem princesa espera nervosa, o seu primeiro combate, ela nunca enfrentou um oponente antes, está com medo, muito medo. Enquanto isso, o experiente cavaleiro aguarda ansioso o inicio da batalha, não é a primeira vez que ele vai lutar, porém nunca teve que enfrentar uma rival tão formidável como a jovem princesa, por isso, está um pouco nervoso.

Começa a batalha, como era de se esperar, os adversários não partem logo para a luta com armas, preferem o combate corpo a corpo, assim podem analisar melhor o estilo do oponente. É um duelo espetacular, a jovem princesa apesar de inexperiente, aprende com uma velocidade incrível e se iguala ao cavaleiro no combate, eles se estudam, agarram um ao outro e rolam pelo chão num balé interminável, porém, por ser mais forte o cavaleiro consegue uma ligeira vantagem, quando ele está preste a dar o golpe final, a princesa em um ato desesperado consegue inverter a situação desfavorável e foge.

O cavaleiro persegue a princesa, ela pára e vira em sua direção, ele fita seus olhos, percebe que apesar de ter fugido ela está louca para enfrentá-lo novamente, seus corpos clamam pelo combate. O cavaleiro saca sua espada e parte em direção à sua oponente, ela permanece imóvel, parece já saber do seu destino, então num ato brusco ele crava sua espada toda no corpo da princesa, ela grita, enterra suas unhas nas costas dele, o cavaleiro aperta seu corpo contra o dela, nota seu coração batendo mais rápido, sua respiração ofegante, percebe o sangue dela escorrendo pela sua espada e por fim, sente ela morrendo em seus braços, no último suspiro de vida a jovem princesa sorri, o cavaleiro se sente culpado, arrependido ele usa sua espada contra si mesmo, e derrama sobre ela todo seu sangue branco de cavaleiro nobre, depois cai morto sobre o corpo da sua prazerosa rival.



sexta-feira, maio 27, 2005


Passageiro nº 08

A luz do sol recém-nascido,
Entra pela úmida janela,
Aquece meu corpo frio
Sob o azul de um cobertor e,
Sussurra uma poesia para mim.

Alguém canta À Primeira Vista
E um rio passa sob meus pés.

A ruiva do meu lado,
Penteia seu flamejante cabelo,
Com toda graça e vaidade
Que só as mulheres possuem
(Deve ter alguém esperando
Pra se queimar em suas madeixas de fogo).

Alguém canta À Primeira Vista
E o mar passa sobre as pedras.

Os pássaros que pousam
Sobre os telhados das casas,
Lembram a Gabriela
Subindo em um mesmo telhado,
Pra pegar a pipa daquele garoto.

Alguém canta À Primeira Vista
E a cidade passa sob meus pés.

Adeus Ilhéus!



Eu comecei a fazer esse poema em um ônibus, estava viajando de Salvador para Canavieiras, uma cidade no sul do estado, viajei à noite, quando amanheceu o ônibus estava entrando em Ilhéus, era a primeira vez que eu entrava na cidade, acordei com a luz do sol no meu rosto, a moça do meu lado se preparando para descer e a música "À Primeira Vista" tocando no rádio (na versão linda do Chico César).

Às vezes eu penso no poeta como uma antena, e a poesia como uma entidade, ela mora em outro plano de existência, porém está em todos os lugares, tentando o tempo todo se comunicar com a gente, mas somente os poetas conseguem ouvi-la, conseguem enxergá-las.


quarta-feira, maio 25, 2005

Um blog novo de novo

Meu primeiro blog foi o Diário de um Bobo (até hoje não sei onde tava com a cabeça ao criar esse título), depois fiz o AmarGo!, depois um monte de pseudo-blogs onde eu simplesmente jogava meus textos, digo isso, pois não eram blogs, faltava aquele elemento que torna os blogs tão interessantes, a opinião do autor, vou tentar escrever como no início, mas sem aquela minha ingenuidade e ignorância da época, vou tentar retribuir os comentários (nem que seja só pra mandar beijos, como a maioria dos visitantes fazem), vou tentar faz um blog.